Talvez você não goste muito de falar sobre a história. Mas, uma coisa é fato (literalmente): a revolução industrial foi importante para, hoje, entender mais dos desafios dessa nova indústria. Se você quer entender sobre os desafios da indústria 4.0, continue lendo.
Antes de iniciarmos o primeiro tópico desse artigo, aqui, ainda na introdução, vamos considerar que no século 18, que foi quando a revolução teve boa geração de ideias, foram criadas coisas, objetos, fatos e a história como um todo.
Por exemplo, a máquina a vapor e o tear mecânico vieram desse século, ainda na chamada 1ª revolução industrial. Calma que a gente já vai relacionar o que essa revolução tem a ver com a indústria 4.0. E tudo vai ficar bem claro.
Continuando com a nossa miniaula de história, saiba que a partir dessas invenções, também tivemos as fontes de energia, que surgiram no mundo todo. Inclusive, a energia elétrica e o uso de combustíveis fósseis, nos motores de combustão.
Praticamente 1 século mais tarde, a partir dos anos 70, a gente tem a 3ª revolução. E o que tem nessa fase? Forças eletrônicas, de computadores, da robótica. Atualmente, a gente tem o que é considerada a 4ª revolução. Por isso, o nome de indústria 4.0.
O que é a 4ª revolução industrial
Não é comum fazermos isso, mas usamos toda a introdução para contar um pouco da história do mundo. Agora, vamos começar a falar bem mais especificamente sobre o que idealizamos no título: os desafios da indústria 4.0.
Sendo assim, o que é essa 4ª revolução industrial, que está acontecendo agora? Para Matheus Viana Machado, que é do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), ela nada mais é do que um modelo para o futuro.
Dessa forma, ainda que indiretamente, Matheus comenta que o Brasil é, de novo, um país atrasado nesse assunto. Leia o que ele compartilhou recentemente, na rede:
“A Indústria 4.0 chega com passos tímidos no Brasil. Seja pelo fato da grande crise de 2009 que assola o País, por termos a cultura de protelar e postergar investimentos em melhorias nas manufaturas ou por ainda não haver informação suficiente sobre o assunto”, diz.
O Brasil não está preparado
Na visão do Matheus, o nosso país ainda não está preparado para essa revolução. Ele ainda sugere que a gente analise os dados de uma pesquisa da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
Ela diz que no ano de 2018, menos do que 2% de todas as indústrias brasileiras estavam inseridas no conceito de indústria 4.0. E que, se é para sermos otimistas, esse número poderá chegar em 15%, mas só daqui há 10 anos.
Matheus acredita nos dados? Na visão dele, que está inserido na indústria há bastante tempo, dá para crer que os números poderão ser melhores, sim. “Daqui a uma década, já estaremos com mais de 40% das indústrias dentro desse novo contexto tecnológico”.
E a sua empresa está preparada?
Agora, considerando a opinião e até certo o otimismo do especialista citado acima, resta saber se você e a sua empresa estão preparados para os desafios da indústria 4.0. Para isso, temos que entender que esse é um novo período de evolução e aprendizado para as empresas.
No Brasil, além de Matheus, outros estudiosos dizem que as empresas nem, se quer, passaram bem pela 3ª revolução. No entanto, nada impede que elas se adaptem aos novos moldes. Porém, a recomendação, na maioria dos casos, é: “uma corrida contra o tempo”.
E isso será exigido pelo próprio mercado. Sendo que “quem não se encaixar pode ficar de fora do mercado”, como comentou o Matheus. Desse modo, ele avalia que não se trata, mais, somente de adotar processos tecnológicos e modernos.
“É, na realidade, um requisito de existência”. Por isso mesmo, talvez a pergunta não seja “a sua empresa está preparada para os desafios da indústria”, mas sim algo como “a sua empresa vai sobreviver a essa revolução”?
De olho no presente com foco no futuro
Chegando ao final do texto, você deve ter visto que falar da indústria 4.0 ou da nova indústria ou da revolução número 4 sempre vai nos levar a uma reflexão sobre estar no presente, mas sem abrir mão de pensar lá na frente, no futuro.
Quem não fez isso anteriormente acabou ficando no caminho, como é o caso da Kodak, citada pelo Matheus. Irreversivelmente há de se pensar em ferramentas mais práticas, que visam resultados e decisões mais assertivas.
“É preciso sair da operação e olhar estrategicamente para o seu negócio e a rede da qual participa. Olhando como nação, o Brasil precisa muito estimular o gosto de nossos estudantes pelas ciências exatas. A matemática e a estatística estão na base das inovações”, afirma.
Bônus – a indústria 4.0 também em outros setores
Agora sim, para concluir o assunto, saiba que também na internet encontramos um artigo do Dalton Marques, é da Fundação Instituto Polo Avançado da Saúde. Ele comenta que todos os setores devem estar atentos aos desafios da indústria 4.0.
“As aplicações dessa 4ª revolução industrial não se restringem à indústria. Os setores de serviços também são impactados”, ele avalia. E para isso cita o exemplo da área da saúde, onde há 2 vertentes bem atuais e que são ótimos exemplos.
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“Uma é a das fabricas inteligentes, com os processos de fabricação de equipamentos e medicamentos cada dia mais automatizados. A outra vertente é a dos Hospitais Inteligentes, com o monitoramento contínuo dos pacientes”, explica.