O Brasil sempre foi um país muito atrasado na questão da educação financeira. Hoje, a realidade está um pouco melhor e isso se prova pelo aumento do número de investidores. Inclusive, a gente deve considerar a renda fixa para empreendedor autônomo como opção.

Isso porque, de um modo geral, esse tipo de investimento é mais seguro. Portanto, com menos riscos de perda. Além do mais, deixar o dinheiro da empresa guardado na poupança já não é uma atitude inteligente porque o pagamento de juros dela é muito baixo.

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No entanto, quando a gente fala em renda fixa para quem empreende, o que você lembra? CDB dos bancos grandes, né? No entanto, você também deveria considerar que há diversas opções de ativos, sendo que nem sempre o CDB pode ser a sua melhor resposta.

Pensando nisso, o que fizemos aqui foi trazer um pouco mais desses papéis da renda fixa que estão disponíveis no mercado financeiro. E, para início de conversa, saiba que eles não estão apenas nos grandes bancos, mas também nos pequenos e nas corretoras de investimentos.

Os tipos de ativos da renda fixa

Sem dúvidas, os CDBs são ótimas ideias porque há vários papéis desses nos bancos grandes e nos pequenos. Tem o CDB com liquidez diária, tem o CDB que paga um pouco melhor para daqui 3 ou 5 ou até mesmo 10 anos. Além disso, eles são garantidos pelo FGC (saiba mais abaixo).

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Do mesmo modo, a gente também pode considerar aqui a LC, que é a Letra de Câmbio e é muito parecida com o CDB. Porém, um pouco menos versátil quanto aos prazos. Depois, temos ainda a LCI e a LCA, que são as Letras de Crédito do Agronegócio e do setor Imobiliário.

Elas são bem próximas dos CDBs mesmo. Porém, há diferenças importantes. A primeira delas é que tem um prazo quase sempre maior do que 2 anos e investimentos iniciais que partem dos R$ 10 mil. Se esse é o lado ruim, o bom é que elas são isentas do imposto de renda.

E ainda dentro desse tópico sobre a renda fixa para empreendedor autônomo que é mais conhecida, nós podemos falar do Tesouro Direto, que são papéis do Tesouro Nacional, garantidos pelo Governo Federal. Ele também é flexível quanto aos prazos e aplicações.

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Os ativos menos conhecidos

Mas, como citamos no começo do artigo, a gente, culturalmente, ainda não conhece muito do assunto das finanças. Por isso, pouco se fala sobre as outras alternativas de renda fixa que o mercado financeiro nacional oferece. Mas, nós vamos citá-las aqui para você conhecer.

Entre as rendas fixas menos conhecidas, nós podemos citar as debêntures, as CRIs e as CRAs. No entanto, é verdade que elas podem não ser a melhor opção para quem empreende por um motivo: geralmente, não possuem alta liquidez, ou seja, têm prazos mais longos.

Já para investidores físicos (e não jurídicos como empresas) saiba que também há um viés que costuma deixar as pessoas menos entusiasmadas: eles não são garantidos pelo FGC. Isso quer dizer que eles acabam tendo maior risco de calote.

CRIs e CRAs valem a pena?

Ainda assim, são ativos da renda fixa, por isso, seguros. Esses papéis são disponibilizados por bancos, corretoras e plataformas de investimentos. De todo modo, se interessar por eles, saiba que há ranking de classificações e com notas de agências, como a Moodys, que ajuda o investidor a escolher um produto mais confiável.

E para continuar estudando essas novas ideias de renda fixa, saiba que podemos traduzir, rapidamente, as vantagens e desvantagens dos produtos. Confira.

Eles são isentos do imposto de renda, mas costumam ter rendimentos melhores do que as LCIs e LCAs – que também são isentas do imposto de renda. Além do mais, a aplicação inicial parte de R$ 1 mil, o que as tornam mais acessíveis também.

Do lado ruim, há o maior risco de calote devido à ausência do FGC.

A melhor renda fixa para empreendedor autônomo

Chegamos ao final do conteúdo e pode ser que você tenha ficado mais confuso do que quando começou a ler. Então, vamos tentar sermos mais objetivos nesse tópico. Primeiro, saiba que existem vários ativos da renda fixa e não somente CDBs.

Depois, considere que para escolher um ativo qualquer você deve alinhar o seu objetivo enquanto empreendedor com a da empresa e com as opções que existem. Somente após isso, você vai saber que há ativos melhores do que a poupança.

Para quem precisa de alta liquidez, ou seja, está formando uma reserva para a empresa, um CDB com liquidez diária pode ser ótimo, assim como um Tesouro Selic. Para quem tem prazo maior e mais recursos, as LCIs ou LCAs também são boas.

Mas, para quem quer busca melhore rentabilidade e tem menos aportes a fazer, as CRIs, CRAs e debêntures também entra na roda. Portanto, todas as opções podem ser boas. Mas, você tem que saber qual é a ideal para o atual momento que você está passando e seu objetivo.

Sobre o FGC

O FGC, que foi mencionado em boa parte do texto, é o Fundo Garantidor de Crédito. É uma espécie de órgão fiscalizador do mercado e que traz garantias para o investidor na maioria dos ativos que existem – mas, não em todos.

renda fixa para empreendedor autônomo

A regra geral é: o FGC garante até R$ 250 mil por CPF para até 4 bancos. Isso quer dizer que você se você tem mais de R$ 250 mil investidos em um banco, o FGC cobrirá esse teto de R$ 250 mil. Mas, ele pode cobrar até R$ 1 milhão, se você dividir R$ 250 em 4 bancos diferentes.