Em 2006, fui morar na Nova Zelândia. Mas, essa mudança não era só de país ou de cultura, mas uma transição na minha vida. Foi difícil, mas eu sobrevivi. Este artigo é para te ajudar a responder uma pergunta bastante perturbadora: como se tornar um nômade digital?
Ah, e se você gosta de conhecer histórias envolventes e de superação, eu conto cada detalhe disso em uma matéria que publiquei há bastante tempo: A história desconexa de um nômade digital chamado Dan. Clique, leia!
Ou você pode baixar um ebook (em inglês) onde o foco é um pouco mais especifico – e conto como consegui viajar tantos países sem voltar para trabalhar no Brasil.
Ah, e eu também não tinha muito dinheiro no bolso e nem pais ricos que podiam bancar esse intercâmbio tão duradouro. No mínimo, é uma história interessante que vale a pena ser lida.
Para conhecer o ebook “Travel More”, clique aqui.
E ainda antes de nos ater em como se tornar um nômade digital, talvez seja justo você conhecer o mínimo da minha formação.
Afinal, você não vai querer aprender isso se eu não tiver um “bom currículo” para te mostrar, né.
Dan Cortazio – quem sou?
Minha descrição é muito simples e objetiva:
Com 14 anos fui morar em Brasília e fui cobrador de lotação, ajudante de pedreiro e pintor de paredes, portas e portões.
Em 2005 criei um site para meu cunhado, que precisa disso. Eu não sabia como fazer, mas tentei descobrir como – e acho que deu certo.
E hoje me identifico muito com uma frase de Richard Brendson:
“Se alguém lhe oferece uma oportunidade incrível, mas você não tem certeza se consegue fazê-la, diga sim – então, aprenda como fazê-la depois”.
Nesse ponto, meu amigo Guilherme Stumm e o Google foram influenciadores da minha vida.
“Em 2008 decide largar meu emprego na Nova Zelândia para me tornar o 1º nômade digital brasileiro. Até essa época, já havia conhecido 40 países diferentes”.
Esse já é um bom começo, né.
Ninguém aqui do Brasil, até então, havia cogitado a chance de ser um nômade digital e eu tive coragem para tentar essa barreira, que na época, era bastante espessa.
“Mas, eu ganho dinheiro na internet desde um pouco antes disso. Comecei em 2006 e hoje tenho uma equipe de marketing digital que é especialista em tráfego online”.
Bem, como você está notando, somos bastante ousados: temos uma meta definida de faturar 20 milhões em todas as marcas que gerenciamos. Isso em 1 ano.
Missão...
“A missão é viajar todos os países do mundo e ao mesmo tempo inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo”.
E talvez seja aqui que nossa história pode começar a se entrelaçar – se você também sonha em viver a vida e viajar o mundo, com certeza, vai gostar de ler este artigo.
Já viajei boa parte dos 193 países que me propus, como: Austrália, Hong Kong, Cingapura, Etiópia, Colômbia, EUA, Vaticano, San Marino, Holanda, Inglaterra, Escócia, País de Gales, Nepal, Emirados Árabes, Alemanha... E por aí vai.
Ser um nômade digital – a verdade nua e crua
Acordar e dar de frente para um canyon é possível hoje em dia. Tomar café com os bichos de uma floresta também.
Os mercados se expandiram, novas profissões foram criadas e chegamos à uma reflexão sobre como se tornar um nômade digital – um empreendedor que não fica preso a 4 paredes.
Para mim, o conceito sempre foi muito simples de ser definido: trabalhar e viajar ao mesmo tempo.
Entre as vantagens que vi acontecer, as principais são:
- Amigos em todo o mundo,
- Conhecimento empírico dos lugares,
- Autoconhecimento,
- Aceitação de culturas diferentes,
- Novas perspectivas,
- Inglês e outras linguagens fluentes,
- Mais flexibilidade,
- Mais paciência,
- Uma nova vida.
Isso faz algum sentido para você? Se você também tem esse desejo, saiba que estamos falando na mesma língua, então.
A ideia geral é trabalhar e ganhar dinheiro de maneira remota.
E nisso não há problemas: as reuniões podem ser por Skype, as conversas pelo WhatsApp, os pagamentos por transferência, os relatórios através do Google Drive.
A internet proporcionou essa nova vida e deu base sólida para ela acontecer.
Só que nem tudo são flores né – se a parte boa é ter liberdade, flexibilidade e comodidade; por outro lado existe sim a dificuldade sobreviver como um nômade digital.
Vamos entender um ponto chave: nômade digital é um estilo de vida, enquanto que freelancer é a espécie de trabalho (como um autônomo).
Aliás, citamos um freelancer, mas há outros 2 tipos de nômades: os empreendedores e o trabalhadores remotos – vou explicar abaixo.
Entrave?
E é aqui que aconteceu o entrave – mas, se você tem didática, isso não será problema.
Você não vai ter CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e nem os benefícios dela.
Então, você vai precisar ter uma boa gestão de recursos: especialmente os financeiros.
E isso dá certo porque você pode reduzir custos ou aumentar ganhos conforme a sua disciplina profissional.
Nos Estados Unidos mais de 13 milhões de pessoas trabalham em casa.
E quem trabalha de casa pode trabalhar de qualquer outro lugar do mundo, né.
Abaixo vamos ter algumas ideias de profissões, mas você já pode pensar em uma loja online (e-commerce).
Ela tem a vantagem de não ter aluguel, vendedor, comissões noturnas...
Vender mais...
Ao mesmo tempo, o empreendedor tem que se dedicar a vender mais – de algum jeito.
A gente sempre indica um curso muito bacana aqui que é do Caio Ferreira (Negócio em 21 Dias).
Se você quer aprender mais sobre o e-commerce, vale muito a pena adquirir.
No curso, o Caio ensina os seguintes tópicos:
- criar uma loja virtual completa
- como fazer para não precisar de estoque (melhores fornecedores que enviam direto para o cliente)
- como automatizar ao máximo esse negócio
- como anunciar no Facebook
- detalhes e insights de suma importância
Bom, se essa for a sua praia, clique aqui.
Afinal, você pode começar tendo o próprio negócio se quiser saber como se tornar um nômade digital.
Os grupos dos nômades digitais
Dessa vez recorri ao Wiki: “os nômades digitais podem ser divididos em três grupos”.
E aí, vamos a eles:
- Freelancer – são pessoas que trabalham para clientes e trocam o tempo por dinheiro,
- Empreendedores – criam produtos ou serviços rentáveis,
- Trabalhadores remotos – são funcionários “comuns” que ficam em qualquer lugar.
Aqui, não é muito importante definir qual tipo é o seu.
O mais interessante é observar que como qualquer outro profissional, o nômade digital pode fazer o que quiser – estudar, se especializar, mudar de ramo.
A diferença é que ele não fica entre 4 paredes de gesso ou de concreto – como os escritórios.
E outro ponto que interessa: essa nova vertente profissional tem a ver com praticamente todas as áreas e não apenas administradores, como também escritores, nutricionistas, fotógrafos, etc.
Mesmo porque uma opinião em comum entre vários nômades é que nós podemos ter flexibilidade no trabalho e poder aproveitar a vida de outras formas, como quisermos.
Então, assim, não fique muito ludibriado com os termos freelancers, empreendedores ou trabalhadores remotos – isso, na maior parte das vezes, não vai ser importante.
E vai girar apenas na forma com que você ganha seu dinheiro, juridicamente.
- Se é freelancer, vai ser viável abrir uma microempresa de prestação de serviço.
- Se é empreendedor, terá um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
- E se é trabalhador, vai ter o registro em carteira.
Porém, o foco não é falar como você vai ganhar seu dinheiro ou ter seus direitos e sim dizer que isso é possível independente de onde você esteja – na África ou no Brasil.
Ser um nômade digital para viajar o mundo
Pode ser que eu esteja inteiramente errado, mas vou supor que um dos seus objetivos de entender como se tornar um nômade digital é querer viajar o mundo.
Então, preciso te dizer uma coisa por experiência própria – isso não tem a ver com você ter dinheiro ou não.
“Viajar nunca é uma questão de dinheiro, sim de coragem”, Paulo Coelho.
Esqueça a ideia de que só os ricos viajam, está bem?
Quer exemplos?
Você pode trocar serviços por viagens, trabalhar em uma fazenda em troca da experiência e da acomodação, pode ser voluntário, pode conseguir hospedagens gratuitas, viajar em barcos, de bicicleta, de van, motorhome...
E hoje ainda tem o Airbnb, né.
Bom, eu cito tudo isso em outro artigo – você não precisa ser rico para viajar o mundo!
Mas, o que eu queria dizer neste tópico é que você não precisa se tornar milionário antes de iniciar seu projeto de viajar o mundo.
Só que o contrário vale: você pode ficar milionário enquanto viaja o mundo!
E há uma forma de fazer isso: ter resultados com os empreendimentos digitais – simplesmente, trabalhando na internet (como nas profissões citadas acima).
Geralmente, você precisa de pouco investimento para isso: computadores, internet, conhecimento, força de vontade, fé!
Não deixe a falta de dinheiro se tornar desculpa para você não ser feliz, ok?
A maneira mais rápida para saber como se tornar um nômade digital
Se você leu todo o texto até aqui, já sabe muitas coisas sobre a vida de um nômade digital.
Agora, nessa parte final, quero te mostrar que tem uma forma de você conseguir isso mais rapidamente do que o esperado.
E é muito simples – sem mágicas, sem promessas que não serão cumpridas, sem falsidades:
Você deve entrar em contato com uma empresa e oferecer suas horas de trabalho remoto por um salário – isso vai te garantir o pão nosso de cada dia.
E é suficiente para você entender, de forma definitiva, como se tornar um nômade digital.
Em um artigo sobre nômade digital, selecionei 3 perguntas que você deve fazer para conseguir isso:
- Qual a sua maior dificuldade do a dia a dia (para se tornar empresário),
- Quais as atividades que você faz e que pode ser terceirizada,
- Você já pensou que alguém pode te ajudar a otimizar seu tempo?
E a sua conclusão não precisa ser necessariamente essa, mas deve ser algo em torno de:
“Vou disponibilizar algumas horas (x exato de horas) do meu dia exclusivamente para ajudar a sua empresa a resolver esse problema”.
Se você consegue mostrar uma lista de atividades que fará diariamente baseada em pesquisas (tem tudo no Google), o empresário vai querer te contratar visando resultados.
Mesmo que você esteja trabalhando à distância.
Insista...
“Se o primeiro empresário não aceitar, repita o processo até encontrar outro que aceite”.
Uma pesquisa da Hays (empresa internacional de recrutamento) mostrou que as pessoas que trabalham fora do escritório (e fazem tudo remotamente) já são aceitas por 30% das companhias multinacionais.
E tem outra pesquisa, um pouquinho mais antiga, mas focada no Brasil.
É da SAP Consultoria RH, que foi publicada em maio de 2016.
Conforme o estudo, mais de 35% das empresas brasileiras aceitam que os colaboradores trabalhem no esquema “home office”.
Por quê? As respostas foram:
- 89% disseram que geralmente eles são talentosos,
- 87% afirmaram que eles otimizam os processos empresariais.
Achou isso tudo muito louco?
“Nenhuma grande mente jamais existiu sem um toque de loucura” – Aristóteles.
Ganhar dinheiro online – o que você TEM que saber
Para ganhar dinheiro online (assim como off-line), você tem que se propor a solucionar problemas de outras pessoas.
E, geralmente, essas pessoas têm dinheiro para investir em outras pessoas que consiga ajudar-lhes a solucionar tais questões.
Essa, por sinal, é a maneira que uso para gerar renda e viver em qualquer lugar do mundo que tenha acesso à internet – e está aqui uma forma de você aprender como se tornar um nômade digital.
Agora, há um passo importante: você não pode temer receber um ou vários “nãos”.
As melhores histórias sobre isso e sobre todo empreendedorismo são aquelas de pessoas que receberam “nãos”, mas que souberam lidar com eles.
O Robinson Trovó é um dos nossos parceiros, que tem uma história como essa:
Ele vendeu um carro para investir na bolsa de valores – e perdeu tudo.
Não sem antes ter tentado vários cargos na profissão de zootécnica.
Fez intercâmbios, cursos extras, especializações – e sempre ouviu um não.
Após perder o dinheiro da bolsa, resolveu simplesmente estudar.
O resultado é que foi um dos poucos a conseguir 1 milhão de reais na Bovespa antes mesmo de ter completado 30 anos de idade.
É uma história de persistência e disciplina, que você pode acompanhar aqui.
Sou exemplo...
E se você não acredita em nada disso, lembre-se: larguei a Nova Zelândia e um salário de 8 mil reais para viajar o mundo.
E como conseguir realizar esse sonho de ser um nômade digital?
Através da escabilidade – comecei um site da minha irmã, que em alguns anos alcançou 100 milhões de pessoas.
E se eu consegui, você também pode!
Bem, o artigo termina aqui, mas se você quer saber dessa história do meu sucesso inicial, leia:
Como não gastei com publicidade e alcancei mais de 100 milhões de pessoas em 1 site.
Da redação com informações do melhores momentos da vida e jornada Kamoi