Se tem uma coisa que ninguém dúvida é que o mercado de trabalho mudou. E isso é resultante das transformações e mudanças que têm ocorrido. Especialmente, as tecnológicas. Uma das novas profissões que você pode considerar é a de jogador de poker profissional brasileiro.
Essa é uma das consideradas profissões do futuro. Mas, vai além da questão tecnológica, como é de se imaginar. Agora, ela tem a ver com essa nova ideia que as pessoas têm, deixando no passado a figura do funcionário que fica o dia todo “trancado” em um escritório.
Até mesmo porque, especialmente após a pandemia, essa não é mais a rotina de muitas empresas e de muitos profissionais de várias áreas, né. Em suma, considere que um dos resultados mais óbvios é que novas profissões estão surgindo e sendo inventadas.
As profissões do futuro
Um estudo do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), mostrou algumas das tendências de mercado mais promissoras até 2para o futuro.
De modo geral, há uma crescente na área da inovação. Mas, isso sem deixar de lado um novo comportamento que os jovens têm mostrado: a busca por qualidade de vida e a preocupação com o meio ambiente. A se considerar ainda um fato: o envelhecimento da população.
Só que o estudo também mostrou um aumento das atividades empreendedoras. Logo, os profissionais independentes que oferecem serviços ganharam campo. Além de tudo, temos as profissões ligadas aos jogos e games, como o jogador de poker profissional brasileiro, que você vai conhecer a seguir.
Quem é Carlos Galvão
A gente vai contar aqui a história de Carlos Galvão, que recentemente foi lançada na internet. E o mais legal é ver como ele deixou de lado a profissão de advogado, uma das mais respeitadas do país, para se tornar um jogador de poker profissional brasileiro.
Ele tem pós-graduação em Direito Processual Civil. Mas, apesar do cargo desejado por muita gente, ele largou o escritório para se tornar jogador e instrutor de poker. Abaixo, a gente tem alguns trechos da entrevista dele.
“Conheci o jogo em uma viagem com amigos e comecei a praticar por diversão, não imaginava que poderia virar um trabalho”, conta.
Um hobby levado à sério
Carlos conta que há 8 anos é um jogador profissional e ganha dinheiro com isso. “Logo que comecei a jogar, em 2009, fui campeão do circuito Amigos do Poker da minha cidade. Nessa época, já tinha percebido que era algo que dependia mais da habilidade do que da sorte”, diz.
Como brincadeira, ele começou participando de torneios de poker online. “Em 2010, comecei a fazer aula com o time de um jogador americano chamado Collin Moshman. No mesmo ano, ganhei meu primeiro grande prêmio, de US$ 4.500,00”.
Foi a partir desse prêmio que ele viu que esse hobby poderia ser levado a sério. “Quando vi que, quanto mais estudasse e me dedicasse, mais aquilo poderia se tornar uma atividade lucrativa, decidi abandonar a advocacia e me tornar jogador profissional”, afirma.
O que é preciso para ser um jogador de poker profissional brasileiro
Agora, se você gosta desse jogo e também pensa em ser um profissional, considere que Carlos considera algumas habilidades como imprescindíveis da profissão.
DISCIPLINA
Ele diz que esse é um trabalho autônomo. Assim, como todo trabalhador autônomo, o jogador de poker pode escolher a hora e o local que quer trabalhar. O que é um ponto positivo. Só que ele também fala que isso exige muita disciplina do profissional.
A vida dele funciona através de uma rotina – focada em cuidar da mente e do corpo antes de dar início à jornada de trabalho, como ele mesmo diz.
“Em uma profissão com grande variância, cuidar da parte psicológica é um dos fatores mais importantes. Já vi pessoas com muito potencial técnico se frustrarem e desistirem do poker por ser uma carreira estressante”, diz.
ROTINA
O jogador profissional também revelou que as suas primeiras horas do dia ele usa para se preparar física e emocionalmente. E isso inclui “meditação”, “exercício físico” e “alimentação”.
Depois, ele tira algumas horas do dia para “resolver as pendências” e a parte administrativa do time. Então, quase todos os dias, o “trabalho” começa após o almoço, entre 13 e 14 horas.
“Aí não tem como prever exatamente quando vou terminar. Costumo ficar uma média de 10 horas por dia na frente do computador”, afirma.
DESCANSO
Carlos também diz que considera a importância de tirar um dia da semana de folga. “Eu jogo 4 dias, incluindo os domingos, que é quando tem os maiores torneios, e nos outros 2 eu dou aulas. Só de sábado que eu tiro para descansar”.
Ainda assim, com essa única folga, ele diz que há um grande estresse devido à alta carga horária de trabalho. Porém, na visão dele, as vantagens da profissão compensam.
“Eu tenho mais liberdade do que teria em um trabalho formal e, a qualquer momento, posso ganhar um torneio de milhares de dólares. Isso é muito gratificante”, completa.
ESTUDO
E ele fecha o assunto falando que essa nova profissão também lhe deu a chance de estudar mais. Assim, ele vê mais um benefício em ser um jogador de poker profissional brasileiro: o autoconhecimento.
“Por causa do jogo, comecei a estudar muito sobre autoconhecimento e alta performance. Hoje, isso se tornou uma outra paixão na minha vida. Gosto de ler livros sobre o assunto e compartilhar esses conhecimentos no Instagram (@carlos.galvao_)”.